domingo, 25 de julho de 2010

O Princípio de Lúcifer e os Superorganismos


Nesta semana comecei a assistir um canal da NET chamado The History (www.seuhistory.com). Seus programas em geral narram grandes feitos de antigas civilizações. Ontem falou sobre Constantino e de como os Otomanos conseguiram tomar constantinopla, marcando o fim do Império Bizantino e da Idade Média, segundo alguns historiadores.

O que mais me fascina na história é a união de uma grande quantidade de pessoas, seja devido à raça, ao povo ou à religião, que realizam coisas fantásticas. Cada  multidão esteve, certamente, motivada por algum objetivo que acreditava ser  bom: defesa, conquista, expansão do comércio, expansão da religião, vingança, etc.

Semana passada encontrei um livro escrito por Howard Bloom intitulado: The Lucifer Principle. Ele argumenta que os homens são células de um organismo maior encabeçado por uma autoridade sobre eles. Cada indivíduo pode ser decomposto em genes egoístas cujo único objetivo é replicar-se. Dentro desta visão, competições entre grupos dentro do organismo, ansiedade, depressão, doenças, stress, fazem parte do sistema imunológico deste organismo. Ele não acha que isso seja uma metáfora apenas, mas um subproduto da evolução humana, os SUPERORGANISMOS. São eles que se se engajam em guerras, grandes construções, conquistas de novos horizontes, grandes feitos.

O título do Livro vem da idéia de que a natureza é a força que criou tudo e que aperfeiçoa também. A existência de um mal dentro de cada um (Lúcifer) provoca uma competitividade entre todos e os que move a tornarem-se melhores. Ao reforçar suas defesas contra outros, melhorar o desempenho profissional e acadêmico, educar bem os filhos, desempenha-se o papel na evolução da espécie (Darwin criou o termo Seleção Natural). Assim, a existência de Lúcifer foi necessária para a evolução. Para que a humanidade não se acabasse em guerras entre os próprios indivídios surgiram os  Superorganismos sob um "contrato social", termo criado anteriormente por Thomas Hobbes na obra Leviatã. Para Hobbes, o homem é egoísta por natureza e, consequentemente, viveria em guerra: uma guerra que seria  de todos contra todos. Assim, a existência das sociedades só é possível devido a um contrato social. Nele, todos os membros se rendem à uma autoridade que assegura a paz interna e a defesa comum. Esse soberano é chamado Leviatã e a ele é dado o poder absoluto e centralizado. Hobbes defendia a idéia de que a Igreja cristã e o Estado cristão formavam um mesmo corpo e o monarca era o cabeça, que tinha o direito também de interpretar as Escrituras.

Antes de Howard Bloom e Thomas Hobbes, a Bíblia já falava sobre isto: as pessoas  devoram umas as outras (Gl 5:15),  a natureza carnal do homem é má (Gl 5:17-21). A solução do cristianismo para estes dois problemas e a conquista de um bem maior, é que todos devem tornar-se membros de um corpo do qual Cristo é o cabeça. (1Co 12:27).


O que me assusta neste conceito é que ao  fazer parte destes superorganismos somos praticamente impelidos a fazer o que o cabeça deseja. A exemplo: como indivídios, assassinamos uns aos outros, vencemos competições etc participando de um sistema imunológico, já como superorganismos, realizamos guerras, disputas econômicas, construímos fortalezas e realizamos genocídios como parte de uma superseleção natural. 


A Igreja já participou de todas estas coisas...estou feliz de não ter vivido nesta época, pois provavelmente teria participado junto...ela ainda está participando de guerras atualmente, mas a que estou envolvido só envolve um tipo de sangue, o de Cristo.












quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

A impossibilidade da riqueza em um mundo justo

Acho que todo mundo sonha em ser rico. Ter dinheiro suficiente pra viver bem, fazer o que gosta, viajar, ter o que quiser. Quando sonha-se em ser rico, sonha-se pra si e pra sua família. Nos vemos em lugares interessantes e sendo invejados por todos por nosso sucesso.  

Sempre que ouço os planos de alguém que está na esperança de ganhar em alguma loteria, observo que a primeira coisa que a pessoa quer fazer é comprar alguma coisa: casas ou apartamentos para alugar, carro, uma viagem, etc... Raramente ouve-se alguém dizer que irá repartir ou ajudar alguém.

Talvez faça parte do nosso instinto de sobrevivência. Quando temos dinheiro na mão queremos logo gastá-lo com algo que nos dê prazer, nos faça sentir na plenitude da existência social. Mesmo para os mais disciplinados, não é fácil manter dinheiro no banco, pois sempre temos alguma "urgência", alguma "promoção imperdível", algo que nos faça usar nosso potencial de compra. 

Se nossos rendimentos mensais aumentam, aumentam junto nossas despesas. Queremos que toda a nossa vida melhore: casa, vestuário, carro, diversões, etc...vemos que nunca temos dinheiro suficiente pra cobrir tudo. Quando nossos rendimentos diminuem somos obrigados a reduzir nossa qualidade de vidaviver de forma mais simples e ficamos pensando para onde ia o tanto de dinheiro que ganhávamos antes. 

Isso tudo é amar a nós mesmos. Não vejo nada de errado em amarmos nós mesmos, querermos o melhor para a nossa família, sonharmos com um futuro melhor. Mas se vermos pela ótica cristã, e é ai que está a complicação, deveríamos amar o próximo como amamos a nós mesmos!
Putz! Ou seja, não podemos melhorar de vida se as pessoas ao nosso redor não melhorarem também! Percebe no que isso acarreta? - Com tanta gente pobre, nunca seremos ricos! - Se partir do princípio que você vai sustentar todo mundo, não vai mesmo (rsrs). Mas não é bem disso que estou falando...

O mundo está passando por uma crise financeira séria ultimamente. Há apenas alguns meses atrás parecia tudo bem e derrepente tudo o que se tinha como certo, desvalorizou, faliu ou perdeu-se.  A crise afetou inicialmente quem era rico, depois foi sendo repartida para os menos afortunados. Salários estão sendo diminuídos e muitas demissões estão acontecendo. Nessas horas, muita gente pergunta-se pelo motivo de tudo isso. Alguns avaliam suas vidas e todos procuram por alguma saída.

Pra quem está nessa situação, a riqueza dos outros é ofensa, é injustiça. Principalmente quando os que têm não enxergam as carências dos outros, tratando-os com indiferença ou como um incômodo. A indiferença, acho, é o pior. É como desfalecer de sede observando o outro nadando em seu rio. - Somente um gole já ajudaria - pensamos...

Meu padrão de justiça é o cristianismo. Creio que o da maioria também. Sua essência é o amor a Deus e ao próximo. A vida e a morte de Cristo é o exemplo. Durante os 3 anos de Seu ministério ele não precisou trabalhar, ele era suficientemente rico pra isso? Creio que o serviço de carpinteiro não rendia-lhe muitos lucros (rsrsrs). Deus multiplicou os alimentos todos os dias pra Ele e seus discípulos? Também acho que não pois se fosse assim estaria escrito. Ele recebia tudo o que precisava dos que O amavam. Sim, Cristo era abeçoado pelos que O amavam. As viúvas, os que criam, todos auxiliavam na manutenção de Jesus e Seus companheiros, simplesmente por amor.

Bem, então vamos amar e não precisamos mais trabalhar, né? Também acho que não seria tão simples assim. Mas tenho certeza de que se você se engajar em trabalhar por uma boa causa, você encontrará pessoas no caminho dispostas a ajudá-lo.

Em suma, o que quero dizer é o seguinte: Não é possível ser rico sozinho e ser cristão ao mesmo tempo. É uma idéia com semelhanças no comunismo sim, mas só com nas partes boas, se é que você me entende. Compartilhar, ajudar, sustentar e suportar não só emocionalmente, mas também financeiramente. 

É possível sim viver bem com seus rendimentos, almejar ganhos maiores, mas pensando que você tem uma grande família pra sustentar. Nossa família pode ser composta de nossos filhos, familiares, amigos, vizinhos, e qualquer outro que você conheça. Você não deixará que ninguém passe qualquer tipo de necessidade, você estará sempre pronto a ajudar no que for necessário para que essa pessoa tenha uma vida plena. Todo pai sonha com o futuro de seus filhos. Queremos que eles sigam nosso exemplo de vida, que tornem-se ainda melhores do que somosAssim (creio) deve ser nosso olhar para com os nossos próximos. Devemos querer abençoá-los, querer que elas também tornem-se fontes de vida para outros e que ensinem outros a amar seus (outros) próximos como a si mesmos. 

Assim, seremos ricos mesmo, mas de um modo diferrente (rsrsrs).

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Por quê precisamos de Deus?

Dentre as minhas divagações, estava pensando: Por que as pessoas se convertem ao Cristianismo? Qual é o motivo que as levam a abandonarem certas atitudes e a viver sob as regras de Deus?

Usualmente as igrejas "evangelizam" aterrorizando com o inferno, prometendo cura de enfermidades, solução de problemas diversos e sucesso financeiro. Colocam Deus como um gênio da lâmpada. Dizem que se seguirmos as regras, o resultado é certo!

Não são poucos os que se decepcionam com "Deus" por causa disso. Eles seguem as regras mas não obtêm os resultados esperados...

Vou citar um trecho do capítulo 6 do filme "A ilha":

Lincoln Six-Echo (Ewan McGregor) está sentado conversando com McCord (Steve Buscemi). Lincoln pergunta:
- O que é Deus?
- Bom, sabe quando você quer muito uma coisa, fecha os olhos e pede?
- Hum...
- Deus é o cara que te ignora.
- Aahh, sei.

Tenho lido alguns livros não recomendados pelos mais acadêmicos. São escritos por pessoas que tiveram sucesso financeiro e se meteram a escritor para ganhar mais ainda com a notoriedade.

Em "Os Segredos da Mente Milionária" por Harv Ecker na página 12 achei um trecho interessante:

E, por falar em confiança, adoro a história do homem que está caminhando à beira de um penhasco quando, de repente, perde o equilíbrio escorrega e cai. Felizmente, ele tem a presença de espírito de se agarrar a uma saliência do penhasco e ficar pendurado ali de forma desesperadora. Depois de passar algum tempo nessa situação, começa a gritar por socorro:
- Há alguém aí em cima que possa me ajudar?
Não ouve nada. Ele continua gritando:
- Há alguém aí em cima que possa me ajudar?
Até que uma voz estrondosa responde:
- Sou Eu, Deus. Posso ajudá-lo. Solte-se e confie em mim.
O que se ouviu em seguida foi:
- Há mais alguém aí em cima que possa me ajudar?

Estamos rodeados de pessoas que não acreditam em Deus porque Ele não "funciona". Como se fosse um produto que ansiávamos por adquirir mas no fim percebemos que está quebrado desde a fábrica. Reclamamos, mas não há garantia, ou seja, estamos (sic).

Isso não vem de agora, a humanidade desde sempre vem se decepcionando, pois Ele não responde às expectativas das pessoas. Ele é diferente daquilo que gostaríamos que fosse: o Gênio da Lâmpada.

Assim, buscamos por nossos próprios meios conseguir o que ansiamos.

Saúde: A medicina avança para encontrar a cura de todos os males...

Eternidade: A Engenharia Genética clonando seres vivos...

Paz: Religiões diversas, exoterismo, terapias alternativas, antidepressivos cada vez mais sofisticados...

Prosperidade: Consultores financeiros, livros de auto-ajuda...

Amor: prostituição, infidelidade, trocas frequentes de parceiros...

Ser um deus: Trecho do site oficial do livro "The Secret":

Without exception, every human being has the ability to transform any weakness or suffering into strength, power, perfect peace, health, and abundance. http://www.thesecret.tv/home.html

Enfim, para qualquer problema, existe algum tipo de solução disponível, se não, há alguém pesquisando para encontrar.

Tudo caminha para uma completa independência de Deus!

Lembro-me de um livro do Antigo Testamento chamado Jó. Conta a história de um homem que era " íntegro e reto, temente a Deus, e que se desvia do mal."[Jó 1:8]. Satanás dissera a Deus que Jó era temente a Deus porque Este o abençoava com riquezas, saúde e família. Deus assim deixou que Satanás tirasse tudo dele para provar que Jó poderia continuar seu servo, mesmo sem possuir nada. E assim se provou e Deus abençoou Jó ainda mais depois disso.

Já no Novo Testamento, no livro de João, capítulo 6, vemos que Jesus era seguido por uma multidão que tinha visto os milagres de cura e sido alimentada através da multiplicação de pães e peixes. No versículo 26 e 27 ele diz:

Vocês estão me procurando porque comeram os pães e ficaram satisfeitos e não porque entenderam os meus milagres. Não trabalhem a fim de conseguir a comida que se estraga, mas a fim de conseguir a comida que dura para a vida eterna. O Filho do Homem dará essa comida a vocês porque Deus, o Pai, deu provas de que ele tem autoridade.

Dizendo isso Jesus deixa claro as intenções das pessoas ao procurá-lo egoísticamente. Eles então perguntam o que deveriam fazer e ele responde no versículo 40:

Pois a vontade do meu Pai é que todos os que vêem o Filho e crêem nele tenham a vida eterna; e no último dia eu os ressuscitarei.

Esse último dia que ele fala diz respeito à volta de Jesus à terra para buscar os que creram nele, entretanto, "Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?" [Lucas 18:8b].